04 agosto, 2011

Quantas horas, por favor?




Para não perder o hábito de pensar em coisas irrelevantes e tomar nota delas para poder postar no Live, esses dias fiquei refletindo sobre uma coisa cotidiana e muito, muito intrigante.

Acredito que nem mesmo os cientistas mais renomados poderiam explicar a reação em cadeia que algumas pequenas ações humanas provocam em aglomerados de pessoas. Mentira! Claro que eles [os cientistas, claro!] já explicaram o porquê de o bocejo ser contagioso e, provavelmente, a mesma explicação deve se aplicar a todas as outras reações humanas. Contudo, mesmo explicadas é interessante pensar que, bom, se alguém pisca quando olha pra você, então seus olhos imediatamente fazem o mesmo movimento. O que explica bem o porquê daquele jogo de quem pisca por último e tudo o mais; o que pode até ser deliberadamente relacionada com aquela máxima de "não sinto sede o dia todo, até ver alguém bebendo água"; o que no fundo deve ser uma variação de "a grama do vizinho é sempre mais verde", ou sei lá o quê.

Outra reação que já notei é o sorriso. Bom, claro que com muitas exceções, quando alguém sorri para você, sua reação imediata é sorrir de volta [a não ser que a outra pessoa seja alguém com cara de psicótico e/ou tarado, claro]. Também já notei que o mesmo ocorre com os aplausos. E, endosso, este eu já até testei [e foi muito engraçado, eu recomendo]. É claro que tudo depende do momento, mas bem se você tiver o felling certo, sempre será o primeiro a aplaudir e a desencadear uma salva de palmas sem sentido algum para a maioria dos desavisados que "o que é que ele disse mesmo?". Dentro desta categoria eu coloco ainda os gritos de mulheres devido a animaizinhos-nojentos, a la baratas e afins. Conclui que, bem, não é a barata que faz todas as mulheres gritarem e subirem nas cadeiras, mas sim o grito da outra. Isto é, o susto de uma, provoca o susto da outra e assim por diante. Se a primeira não se assustar [o que na maioria das vezes é estimulado por homens-muito-sem-graças-que-gostam-de-bancar-os-corajosos-pronto-falei], nenhuma das outras, sequer, perceberá o ocorrido.

Cantar é também uma ação que classifico dentro das possíveis geradoras de reação em cadeia; o que, para mim, explica o odioso fato de sempre aprendermos as músicas que não queremos. Isto porque, elas sempre estão em todas as paradas das rádios, além disso, você ainda tem que aguentar os celulares com som estéreo todos os dias e, quando finalmente chega em casa, bom o vizinho gosta daquela música vamos entender, né. Então, de um jeito ou de outro, você acaba aprendendo aquele amontoado de ruídos a que chamam de música e, mais cedo ou mais tarde, você se pega cantarolando quando ouve alguém, que da mesma forma, assovia aquilo inconscientemente num momento de distração total. Dentro disto, também posso localizar os comentários duplicados; que, honestamente, para mim são a maior prova de que o cérebro humano, irmãos, é muito loko! Não raro, quando as pessoas estão assistindo a uma partida de futebol, por exemplo, desencadeiam-se tais reações. Tudo começa com um comentário tímido de alguém no cantinho que, imediatamente, é reproduzido por alguém mais extrovertido que, logo em seguida, torna-se aclamado por aquele cara que insiste em assistir o jogo em pé na frente de todo mundo. E eu, realmente, não consigo explicar isso.

Tudo isto para chegar na geradora de reações em cadeia que considero a mais absurda difícil de explicar: perguntar as horas. Uau! Nem parece grande coisa. Mas, pense comigo, quantas vezes você que usa relógio e, claro, consulta-o somente para não perder o hábito, foi questionado a respeito das horas por alguém que assistiu à cena? Bem, queridos, posso dizer que como relógio-addicted isto sempre acontece comigo. Basta fazer menção de levantar a manga da blusa para, sei lá, só ver que o relógio continua lá, que um ser-movido-à-ações-alheias vem perguntar-me o horário. E não que isto me incomode, mas é até mesmo engraçado. Ainda não submeti este tipo de ação a um teste [como o dos aplausos], contudo já pude perceber que acontece. O mais engraçado, entretanto, é quando você querido-que-não-sai-sem-relógio-de-casa um dia esquece-se do bendito acessório e olha o pulso querendo, realmente, olhar as horas, não encontra o marcador e um besta distraído pergunta-lhe as horas. "Acabei de perceber que esqueci o relógio em casa", você diz sem jeito. E bem, você fica perguntando-se quem dos dois mais gostaria de se tornar uma avestruz naquela hora, porque pelamor né...

-beijoscontagiosos;*

2 comentários:

Carlinha disse...

Essas reações em cadeia são mesmo engraçadas Jú, sobre as palmas, eu não me dou bem quando tento começá-las!! hauhauhauahuhau
ótimo post!!

beijooo

Luísa Grando disse...

Huhauheuahuehauheuaheuaea... Eu ri!! Muito legal... Mas concordo com a Carlinha aí, é raro eu me dar bem com as palmas quando tento começa-las... Devo estar mal de feeling... kkkkkk

Postar um comentário

 
;